Os estudantes do interior de Aldeia, Pascoal e Limoeiro (APL), município de Sento Sé (BA), denunciam a situação precária do transporte escolar que leva cerca de 60 alunos ao Colégio Estadual Dr. Juca Sento Sé, na sede. Os pais e estudantes relatam que o ônibus apresenta janelas e bancos quebrados, superlotação, sujeira e falta de equipamentos de segurança. Além disso, a estrada em que trafegam é precária, aumentando ainda mais os riscos de acidentes. Alguns estudantes afirmam sofrer com sinusite e outras doenças respiratórias devido à poeira presente na estrada devido as carretas que transportam minério de ferro.
Nas imagens enviadas ao blog, é possível ver que os estudantes são transportados em pé e em situação calamitosa. De acordo com Otávio de Lima Santos, estudante de 17 anos da 2ª Série do Ensino Médio, relatou que na semana retrasada tiveram que ficar uma semana sem ir ao colégio por falta de ônibus. “Fomos informados que o ônibus estava em conserto, mas quando chegou para nós, chegou do mesmo jeito que foi”, disse Otávio.
Conforme o relato de uma aluna de 16 anos, que está totalmente frustrada com a situação, ela já perdeu aula por falta de vagas no coletivo. “Tenho que sair de casa umas 6:10 para achar lugar. O sentimento é de tristeza diante da situação que vivo junto com meus colegas. Nós esforçamos para acordar mais cedo que o pessoal da sede, deslocamos daqui em uma estrada ruim, com poeira e ninguém vê isso. Colocamos nossa vida em risco, pois passam muitas carretas em comboio. Eu tenho sinusite e toda vez que pego poeira, chego em casa mal“, lamentou a estudante.
Segundo a mãe de uma aluna, que pediu para não ser identificada por medo de represálias, a principal queixa é o sofrimento que sua filha passa com seus colegas. “Minha filha tem que sair de casa às 5:40 para poder marcar um lugar para sentar. Nossa preocupação também é com o transtorno causado pelas muitas carretas, o medo de acidente, pois tem muita poeira e esses dias passaram até seis carretas próximas do ônibus e o ônibus não pode sair da poeira pois tá com as janelas quebradas e a poeira toma conta dentro do ônibus”. Segundo ela, sua filha só não perdeu o ano porque não deixou. “Se fosse por ela, já tinha desistido, pois é muito sofrimento, mas eu falo que não pode desistir, que é pior“, contou.
Os estudantes que não quiseram se identificar temem pela própria segurança dentro do veículo que está literalmente “caindo aos pedaços” e pedem melhorias no ônibus, assim como o aumento da frota. “Além de ruim é pequeno para quantidade de alunos que nas três comunidades. São três turmas, primeiro, segundo e terceiro ano, e só temos um ônibus que ainda não está com uma boa qualidade“, lamentaram.
Como a denúncia envolve o municipio e estado, o Blog solicitou uma nota de posicionamento para a ambos em busca de esclarecimentos quanto às condições do ônibus, e se alguma providência seria tomada em relação aos problemas, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta. O Sento Sé Notícias seguirá acompanhando o caso e aguardando um posicionamento das autoridades competentes.
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