A crise entre o Legislativo e o Executivo de Sento-Sé ficou ainda mais evidente na última quinta-feira (09). Pela segunda vez consecutiva, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi adiada após a ausência de sete vereadores, cinco deles da própria base da prefeita, em protesto contra a falta de diálogo e o descaso da gestão com as demandas do município.
Entre os ausentes estão Jader Sento Sé, Ismael Barros, Edilson dos Bosco, Robinho do Piçarrão e Sandro Jatobá, todos aliados do governo, além de Jamerson Pescador e Eduardo Barcelar.
Nos bastidores, a ausência foi interpretada como um recado político claro à prefeita Giselda Carvalho, que vem sendo duramente criticada por vereadores e moradores pela falta de investimentos reais nas comunidades, especialmente nas áreas de saúde e educação.
Segundo os parlamentares, postos de saúde continuam com estrutura precária, escolas enfrentam carência de manutenção e de profissionais, e promessas de obras seguem apenas no papel.
“A gestão perdeu o rumo. Enquanto a prefeita faz discursos, o povo segue sem atendimento médico de qualidade e sem obras nas comunidades. A Câmara não vai mais ser conivente com a falta de compromisso”, afirmou um dos vereadores revoltados.
A LDO, que define as metas e prioridades do orçamento para o próximo ano, segue parada. O impasse expõe o isolamento político da prefeita, que já enfrenta críticas até de antigos aliados.
“Não existe governo sem diálogo. A base está cansada de pedir melhorias e ser ignorada. Essa falta de respeito com o Legislativo e com o povo é o que está paralisando Sento-Sé”, disse outro vereador da base governista.
Com a segunda sessão esvaziada, a Câmara deve tentar remarcar a votação. Enquanto isso, cresce o sentimento de que a insatisfação dentro da própria base pode se transformar em ruptura política e deixar a prefeita cada vez mais enfraquecida diante da população.
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