Extinta da natureza há mais de 20 anos, a ararinha-azul voou novamente em seu habitat natural, na Caatinga do Nordeste Brasileiro, na cidade de Curaçá, norte da Bahia, ontem (11). Cientistas e criadores de papagaios de todo o mundo trabalharam por quase 20 anos para este dia.
Há 10 anos, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criou o Plano de Ação da Ararinha-azul com o objetivo de aumentar a população em cativeiro do animal, restaurar seu habitat natural e, assim, reintroduzi-los na natureza. Para isso, toda a população legalizada das arararinhas-azuis foi reunida em um moderno criadouro de conservação de fauna da Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) em Berlim, na Alemanha.
Neste sábado (11) as primeiras oito ararinhas-azuis, de um grupo de 52, foram soltas do viveiro criado em Curaçá, onde viviam desde 2020, e voaram pela primeira vez nos céus da caatinga. Mais 12 ararinhas-azuis serão soltas neste ano – um momento em que os habitantes da caatinga anseiam com grande expectativa. Um sonho que virou realidade para o diretor da ACTP no Brasil, Dr. Cromwell Purchase. “Depois de anos dando tudo por este projeto, nós finalmente demos o pontapé inicial para que possamos ouvir o canto das ararinhas-azuis ecoando novamente na caatinga”, declarou.
O anúncio oficial da soltura aconteceu no Teatro Raul Coelho, no Centro de Curaçá, às 15h, com a presença de autoridades locais, nacionais e internacionais, envolvidos com o meio ambiente, além de grupos de cientistas que participaram direta e indiretamente do projeto. A comunidade também marcou presença, com apresentações culturais típicas da região.
A cidade de Curaçá vivenciou um momento histórico para a biodiversidade brasileira e agora entra em uma nova fase de investimentos e projetos voltados para a preservação da espécie, com fomento de ações que envolvam as diversas áreas sociais. Para isso, foi firmado um acordo de cooperação entre a empresa responsável pelas ararinhas em curaçá, a BlueSky Caatinga, o Banco do Nordeste e o ICMBio.
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